A minha primeira consola foi uma Game Boy. Mas a primeira que liguei a uma televisão foi a Mega Drive. Daí saltei para a Playstation e mantive-me fiel à Sony até hoje. Ou seja, ignorei quase sempre a Nintendo (jogava em casa de amigos e isso), basicamente por uma questão de preço. Ultimamente ando a preencher essa lacuna, que foi mais ou menos compensada nos últimos dez a quinze anos com jogos em emuladores. As consolas virtuais, reedições e a segunda mão permitem viajarmos ao passado sem grande custo. E isso sabe bem. Tal como muitos, descobri os JRPGs através do "Final Fantasy VII".
Interessei-me pelo género mas sempre foi mais entusiasmo do que realmente envolver-me à volta do dele: falta de tempo e aquele lado Fedex desses jogos por vezes cansam-me. No final dos 1990s descobri algumas pérolas da SNES através dos emuladores, fonte essencial para desfrutar alguns jogos e para jogá-los sem a pressão do tempo, porque os saves automáticos são uma preciosidade. Mas também foram a minha cruz: já tive diversos azares com eles e por causa disso nunca consegui acabar dois jogos que adorei jogar, "Final Fantasy VI" e "Chrono Trigger" (até cometi o sacrilégio de acabar o "Chrono Cross" primeiro).
O problema foi sempre o mesmo, ficheiros corruptos que estragavam o meu save file (pelo lado prático, raramente gravava no jogo, ia sempre pelo caminho do programa de emulação). Uma vez na última batalha da versão do final que escolhi do "Chrono Trigger", outra lá perto; no "Final Fantasy VI" já muito avançado.
Tenho os dois ali à minha espera há algum tempo. O "FF VI" para a PSP, que já comecei e fiz as duas primeiras horas vezes sem conta, mas por inúmeras razões nunca dei continuidade; e o "Chrono Trigger" para a DS. Tenho medo que as consolas rebentem nas minhas mãos.
Final Fantasy VI