Gunpoint

A Minha Biblioteca: Gunpoint

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Jogos como "Gunpoint" são revigorantes. Ao longo de três horas parece ir revelando aos poucos uma reinvenção dos puzzle-platforms com uma mecânica que é simples e muito gratificante. Faz sentir que a abordagem que se tem em cada nível é única para cada jogador.

Raramente senti que fosse difícil ou que se apresentasse como um grande desafio e coloco isso como uma qualidade e menos como um problema. Pode-se jogar "Gunpoint" de forma rápida ou lenta, mas cada movimento exige algum calculismo ou uma rápida leitura da situação. Seja como for, é fácil de falhar. Mas o falhanço é recompensado com um sistema de autosave inteligente que nos permite voltar alguns segundos para trás e refazer o nosso pequeno erro. E se há coisa que adorei em “Gunpoint” foi o modo como não castiga o jogador e o deixa experimentar à vontade. Quando falhei raramente tive que voltar muito atrás e a única vez que recomecei um nível foi por azelhice.

Ou seja, quer que o jogador experimente à vontade e, sobretudo, que se sinta convidado a fazê-lo e pouco frustrado pelos falhanços. É muito fácil falhar em “Gunpoint” mas é ainda mais fácil perceber porque aconteceu e qual é a solução. E isto é importante num universo onde é difícil abordar os inimigos directamente, é preciso contorná-los, arranjar armadilhas, apanhá-los desprevenidos.

E esse sistema é de topo em “Gunpoint”. O jogador é um detective que está a investigar um homicídio. Não são muitas missões e não se tornam necessariamente mais difíceis, porque com a aprendizagem tudo se torna acessível. E talvez o único ponto negativo é sentir que essa curva é curta, não que o jogo fosse melhor se fosse mais longo - não seria e há imensas razões para voltar a jogar alguns níveis - mas no momento em que se sente que se domina tudo, há poucas oportunidades para explorar isso.