Continuo com a sensação de que "Watch Dogs" está longe de ser um mau jogo. Contudo, claramente não entrega um mundo que parecia prometer: e joga-se o jogo com esse sentido de desilusão. E não me refiro a gráficos, mas à dimensão e funcionamento do mundo criado: parecia oferecer algo diferente das raízes de "Grand Theft Auto III", mas tudo continua na mesma. E há algo de essencialmente triste nisto tudo, porque por mais divertido que "Watch Dogs" por vezes seja, é irritante olhar para o protagonista e aquilo parecer algo que se passa no universo de "Assassin's Creed". Vale a pena ler isto no Giant Bomb, vai de acordo com o que sinto (e continuo a achar a questão da banda-sonora do jogo completamente ridícula). Ao ponto de que o encostei um pouco e pus-me a jogar o novo "Wolfenstein".
ChicagoChicago
Chicago, Chicago #1
Ou a selecção musical de "Watch Dogs" é muito limitada ou tenho tido azar. Fala-se muito no downgrade visual de "Watch Dogs" e de como até a versão PS4 aparenta ser menos polida do que "Grand Theft Auto V" na PS3: não sou gajo que compara efeitos de luz entre jogos e que se passa com sombras e reflexos preguiçosos, mas também fico com essa sensação, principalmente quando estou a conduzir. A conversa nos últimos meses anda tão virada para resoluções e frame rates nas novas consolas que por vezes o resto fica de lado.
Tenho-me divertido com "Watch Dogs" mas ouvir rádio no carro é uma tortura. Joguei só ainda cerca de três horas e sinto que estou frequentemente a encontrar as mesmas músicas, algo que não tem de ser necessariamente um problema (a Rockstar é que trata esse departamento de uma forma que ninguém consegue acompanhar), mas é complicado quando a selecção musical é desinspirada, preguiçosa e completamente desadequada ao ambiente do jogo. Até agora ainda não senti uma canção a encher um momento, a preencher um espaço qualquer no meu imaginário e tornar uma situação memorável. A banda-sonora, principalmente em jogos abertos, é um aliado na construção de narrativas pessoais. Talvez por isso sinta que as minhas experiências com "Watch Dogs" têm sido genéricas e que o continuarão a ser, independentemente de me estar a divertir ou não com a Chicago que a Ubisoft criou.