As Crónicas de André Santos em Los Santos #2

Ontem dediquei algum tempo ao Michael, isto é, a fazer algumas coisas com o Michael enquanto nos intervalos fazia umas missões. Era de noite quando me mudei do Franklin para o Michael, o Michael estava no seu carro preto, deprimido, frustrado com a vida. Pareceu-me uma boa altura para ir a um strip club.

Muito se fala de uma cena de tortura lá para a frente no "GTA V", mas para mim dificilmente superará os quinze minutos que estive no strip club. Havia algo de perturbador a acontecer no ecrã. Por muitas vezes me perguntei porque raio estava a ter um lap dance num videojogo, porque raio estava à espera que o segurança deixasse de ver para poder apalpar a stripper e porque raio estava eu a pensar nestas coisas. Foi extremamente incomodativo o apalpanço, porque a câmara passa para a primeira pessoa e de repente somos confrontados com a totalidade do ecrã cheia de pixéis que afinal são uma mulher, que estamos a apalpar e mandar comentários muita banais. Num jogo. Não foi particularmente divertido, mas de certa forma sentia-me como o Michael, queria algum conforto vazio naquela noite, talvez conseguir ir para a cama com uma stripper. Mas não foi particularmente agradável (especialmente porque fui corrido do bar no momento em que estava quase a satisfazer a segunda stripper do meu double-lap-dance; talvez assim tivesse continuado a noite num quarto manhoso). Mas irei voltar, claro. Gostava de jogar bilhar em "GTA V". Espero que haja bilhar.