Existe um momento nos open world/sandbox em que sentimos aquela necessidade de abrandar um pouco, desfrutar as coisas que existem à nossa volta, viver os prodígios que alguém criou para nós. Normalmente gostamos de entrar um pouco nas missões, sentir a presença da história e deixar o mundo dar-se a conhecer para depois o explorarmos um pouco melhor.
À semelhança de "Grand Theft Auto IV", este V diz-nos imediatamente que qualquer coisa é importante. Com a ligeira diferença em relação ao IV: essas coisas no V parecem ser mais importantes. Não se trata do mundo ser maior, mais vivo, de termos mais personagens para escolher e, inevitavelmente, mais coisas para fazer. E sim, porque desde muito cedo, o trabalho narrativo de "Grand Theft Auto V" é exímio e diz-nos para entrar no dia-a-dia das personagens. E entrar no dia-a-dia das personagens é, na primeira oportunidade que temos, oferecer um novo look ao Franklin, porque o amigo Lamar diz que ele assim não vai arranjar gajas. Pois, não sei. Mas quis-lhe dar um look mais próximo do Cutty de "The Wire". Pareceu-me perfeito e um óptimo pussy magnet.
Mas o que mais me marcou no primeiro dia foi ter passado, depois do prólogo e da introdução, para o Michael pela primeira vez. Primeira coisa que decido fazer? Andar numa montanha russa. Foi curto, divertido e a coisa sensata a fazer às três da manhã. Precisava de uns segundos para pensar no que fazer a seguir. E o que fui fazer a seguir? Fumar um charro, alucinar e matar aliens imaginários. Aqueles vinte minutos foram mais gratificantes do que alguns dias do nosso dia-a-dia.
As Crónicas de André Santos em Los Santos #1
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