A Minha Biblioteca: Sly Raccoon And Thievius Raccoonus

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Ao longo dos seus vinte anos de existência, a Playstation teve dificuldades em arranjar mascotes, personagens que carregassem a simbologia da marca e que através da sua figura representassem também a filosofia da consola. Provavelmente uma das chamadas de atenção para esse facto é a forma como “Playstation All-Stars: Battle Royale” passou despercebido e como realmente não teve um impacto na comunidade semelhante ao de “Smash Bros” da Nintendo.

A Nintendo é facilmente associada a Mario e a Zelda/Link e a uma multidão de personagens, a Sega tinha (e no imaginário universal ainda tem) o Sonic, a Playstation ao longo dos anos foi mudando o seu rosto, ao ponto de que se hoje perguntarmos por uma figura/mascote que represente a Sony, o consumidor menos atento não saberá responder. Esse papel já passou por Crash Bandicoot, Jak & Daxter, Sly Raccoon, Kratos, Sackboy ou Nathan Drake. Ou até mesmo figuras de estúdios que não pertencem à Sony e que durante anos trabalharam em exclusivos, como Solid Snake de “Metal Gear Solid” ou Cloud de “Final Fantasy VII”. A Sony não tem, de facto, figuras que espelhem a sua história, mas tem momentos da história que exibem a sua memória: e é por isso que o seu trabalho de marketing em volta dessa memória aquando do lançamento da PS4 foi perfeito.

E é estranho que uma marca com personalidade como a Playstation não tenha uma figura com igual personalidade. Que não seja só uma imagem, mas um elemento que espalhe toda uma filosofia, como Mario fez e ainda faz, ou Sonic na altura da guerra entre a Super Nintendo e a Mega Drive/Genesis. Contudo, tem figuras que atravessam toda uma geração de consolas e que a marcam, Crash Bandicoot terá sido das mais importantes, porque definiu claramente uma linha para muitas das que a seguiram.

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Sly Raccoon viveu, sobretudo, durante os anos da Playstation 2. Foi o início da colaboração da Sucker Punch (“INfamous”) com a Sony, criando uma espécie de jogos de plataformas na terceira pessoa que cruza uma série de outros géneros, seja através da sua jogabilidade normal ou através de níveis que funcionam quase como mini-jogos. A forma como é feito foi inteligentíssima na época e ainda hoje sobrevive bem ao teste do tempo.

O estilo animado escolhido para ilustrar o universo de Sly também se aguentou bem, a animação sustém bem o nível de detalhe e as cores e o modelo em que o protagonista foi criado são inteligentes e permitiram uma transição suave para a sua única entrada original na Playstation 3  e na PS Vita (“Sly Cooper: Thieves in Time”).

Depois de o ver várias vezes pela cidade de “INfamous: Second Son”, resolvi voltar a jogar a trilogia original nas suas versões remasterizadas para PS3. Fiquei agradavelmente surpreso pela forma como o trabalho artístico ainda se mantém fresco. Percebe-se com facilidade que é uma remasterização, mas ao contrário de outras não há uma sensação de filtro baço nalguns momentos. A animação é fluída e as cores vivas permanecem constantes: há momentos em que parece mesmo um cartoon e não um jogo. Isso é algo que já se sentia nas versões originais, mas aqui o upgrade que se fez a nível gráfico é claramente benéfico para o universo e faz, até, com que os movimentos da personagem pareçam mais contínuos.

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Contudo, o que realmente me agradou é como o jogo sobrevive ao teste do tempo. Mais do que me sentir nostálgico, senti-me feliz por estar a jogar um jogo de plataformas que não tem medo de ser frequentemente outras coisas: e quando o é, faz muito bem, não é apenas uma distração para fugir a mecânicas repetitivas. Nostálgico, porque foi frequente na geração da Playstation 3 encontrar formas de contornar essa repetição com novas abordagens que por vezes não eram interessantes ou desequilibravam o ritmo de jogo: mais uma espécie de isco para mostrar diversidade do que algo que se sente como necessário. E em “Sly Raccoon And The Thievius Raccoonus” é quase uma bênção quando esses momentos chegam, porque alguns deles chegam a ser mais divertidos do que a mecânica principal. Estou curioso para saber como os outros dois se aguentam.

Metropolis de Maio

Neste mês iniciei uma colaboração que pretendo manter regular com a revista Metropolis, dedicada ao cinema e que recentemente criou algumas páginas para se falar sobre videojogos. O número 19 já está online e nele podem encontrar um artigo que escrevi sobre um pouco da história da Squaresoft/Square Enix aplicada às recentes entradas no universo de "Final Fantasy", com particular destaque para o lançamento de "Final Fantasy XIV: A Realm Reborn" na PS4.

E quando pensavas que a Playstation 4 não poderia ficar melhor

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Sim, porque "Child Of Light" foi lançado ontem. "Nidhogg", um dos indies mais elogiados neste ano vai chegar à consola da Sony nos próximos meses. E, já agora, estes também vêm a caminho:

"Apotheon"
"Axiom Verge"
"Chasm"
"Don't Starve: Reign of Giants"
"Drifter"
"Escape Goat 2"
"Ironclad Tactics"
"Jamestown+"
"Skulls of the Shogun: Bone-a-Fide Edtion"
"Spelunky"
"Starwhal: Just the Tip"

Alguém precisava de mais razões para comprar "Mario Kart 8"?

Na semana passada foi anunciado que a Wii U iria ter direito a uma edição Premium Pack com o "Mario Kart 8", algo que se esperaria, uma vez que a Nintendo costuma dar esta atenção a alguns dos seus jogos mais populares. Contudo, este é significativo, porque "Mario Kart 8" é uma das poucas esperanças neste ano que a consola tem para aumentar as suas vendas, que não têm sido muito felizes, e "Mario Kart 8" é o jogo perfeito para isso (os números vendidos na Wii são a prova disso). Hoje houve direito a um Nintendo Direct especialmente dedicado ao jogo, depois de há umas semanas ter feito o mesmo para "Smash Bros", e este veio com mais uma prenda. Quem comprar "Mario Kart 8" e registar o jogo no Club Nintendo até ao dia 31 de Agosto terá direito a escolher um jogo extra, gratuito, desta lista de dez.  Não é uma acção inédita na Nintendo, já fez várias com ofertas de jogos para a 3DS no último ano e meio, mas é, sem dúvida, aquela mais descarada e vantajosa. Não precisava de razões para comprar "Mario Kart 8", mas com isto tornou-se claramente mais apetecível e algo imediato. Ainda por cima já sei o que vou escolher. E, como se não bastasse, há outra promoção a decorrer neste momento, quem comprar "Super Mario Kart" na Virtual Console, terá o valor descontado na compra da versão digital de "Mario Kart 8".

Hmm, era o Homem-Aranha?

Há já alguns dias que havia o rumor no ar, hoje foi finalmente confirmado que o universo "Disney Infinity" vai acolher os heróis da Marvel que pertencem à Disney: Thor, Capitão América, Viúva Negra, Falcão, Homem de Ferro e Hulk. Houve a indicação de que iriam existir muitos outros e viu-se num teaser, durante pouquíssimo tempo, personagens de Guardiões da Galáxia e, muito surpreendentemente, Homem-Aranha, que não tem sido incluindo no universo da Marvel-Vingadores, porque os direitos estão com a Sony Pictures e não na Disney. Contudo, estes dois últimos exemplos não foram oficialmente apresentados, mas parece claro que vão aparecer nesta nova versão de "Disney Infinity". O lançamento está marcado para o próximo Outono.

A outra notícia nesta apresentação da Disney foi a chegada desta plataforma à Playstation 4 e à Xbox One, consolas que ainda não estavam abrangidas por este universo. Algo que, claramente, estimulará mais vendas durante o próximo Natal, dada a popularidade deste produto da Disney.

Driveclub: Data de lançamento anunciada e novo trailer

É um hábito antigo: sempre que uma nova consola é lançada no mercado faz-se acompanhar por um jogo de carros. Pela quantidade de adeptos fervorosos do género e, sobretudo, porque são palcos demonstrativos das potencialidades iniciais da máquina. É um género, quer sejamos fãs ou não, que nos faz sempre soltar o primeiro wow. A Playstation 4 falhou em entregar "Driveclub", anunciado aquando da apresentação da consola em Fevereiro de 2013, e adiou o seu lançamento para inícios de 2014. Voltou a falhar. A data foi finalmente anunciada e apesar de 8 de Outubro estar a duas estações daqui, o rebento da Evolution Studios deixou de ser uma miragem. 

Encontrou-se a casa do "E.T."

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Durante anos foi uma história-quase-lenda, a dos milhares exemplares de "E.T." para a Atari 2600 enterrados em 1983 no Novo México, momento quase celebratório de uma altura em que a saturação no mercado dos videojogos levou a uma desconfiança do consumidor e a uma posterior crise  no sector. É uma história que aparece em qualquer livro sobre o passado dos videojogos, não só pelo seu carácter representativo, mítico e místico, como também pelo facto do videojogo ser péssimo: pouco tem a ver com o imaginário do filme e com qualquer lógica que exista neste mundo. Depois de terem surgido notícias de que uma equipa de filmagens tinha conseguido a autorização para explorar o local em busca da verdade, chegou hoje o dia, mais de trinta anos depois, em que o E.T. voltou a pôr os pés na terra

Earthbound: Documentário em 2015

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Comprei uma Wii U especificamente para jogar "Earthbound". Com o passar dos anos fartei-me de tentar jogar certos jogos em emuladores e dos sucessivos problemas que tive, seja por me terem estragado saves ou por qualquer razão o ficheiro do jogo ficar corrupto. Cenas que acontecem. E uma vez que sai mais barato comprar uma Wii U e o "Earthbound" do que tentar arranjar o original, resolvi seguir esse caminho. É o mais próximo que consigo do original e a Nintendo costuma fazer bons ports. E hoje fiquei a saber, que o jogo que esperei tanto tempo para jogar e no qual tenho investido horas nas últimas semanas vai ter direito a um documentário. "Earthbound, USA" é o seu nome, sobre aquilo que os fãs fizeram para tentar popularizar o jogo e, presumo, os esforços para tentar que os restantes jogos da série "Mother" fossem lançados nos Estados Unidos e na Europa. 

“Ground Zeroes”: "ano zero"

“Kept you waiting, huh”. Estas são as primeiras palavras que ouvimos Kiefer Sutherland dizer como Snake/Big Boss na nova entrada da série “Metal Gear Solid”, “Metal Gear Solid V: Ground Zeroes”, uma introdução ao jogo completo que apenas chegará no próximo ano, “Metal Gear Solid V: The Phantom Pain”. Mas… Kiefer Sutherland? O “Kept you waiting, huh” é uma daquelas coisas que estamos à espera vindas de Hideo Kojima, o criador e o idealista de “Metal Gear” desde os seus tempos na NES, um homem que fundou um universo único e que vive um pouco à parte de tudo o resto, com as suas regras, façam ou não sentido.

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